quinta-feira, 24 de março de 2016

Pneus: Carro vazio e Carro cheio

Quando carregamos um carro precisamos tomar cuidado com duas coisas: a quantidade de carga que colocamos e a pressão dos pneus. Em geral, a carga máxima suportada por um carro de passeio está indicada no manual do proprietário e varia entre 350kg e 500kg.

Cuidados preliminares.

É muito importante que o leitor tenha a plena consciência de que sobrecarregar o veículo é um risco muito grande, portanto não o faça. O peso extra aumenta o tempo e espaço de frenagem, além de sobrecarregar os freios.

É muito importante que o leitor seja responsável e utilize essas informações apenas para otimizar o uso do veículo para o transporte eventual de cargas e entenda a importância da calibragem correta dos pneus.

Vale lembrar que, ao utilizar um veículo com lotação máxima, por questões de segurança, o motorista deve dirigir com velocidade reduzida, utilizando as faixas à direita e mantendo uma distância maior do veículo à frente.

O que determina esse peso?

Um dos fatores é o pneu e o outro é um estudo dinâmico do veículo, de como a suspensão trabalha com e sem carga, a resistência que o peso extra aplica no disco de embreagem, a sobrecarga nos freios e a flexão da estrutura do carro quando está carregado e em movimento. Há todo envolvimento de um estudo de carga dinâmica e estática quando se determina o peso extra em um veículo e por isso recomenda-se que esse peso não seja excedido.

Portanto a fim de evitar o desgaste excessivo dos componentes da suspensão e, consequentemente gastos extras com manutenção, tenha o cuidado de nunca exceder o peso máximo recomendado para seu carro. Nesse valor deve-se levar em conta o peso dos passageiros, ou seja, se for levar 5 ocupantes, repense a quantidade de carga no porta malas. Também não é recomendado colocar toda carga todo concentrada no porta malas, mesmo que esse peso esteja dentro dos limites do carro.

Afinal, como determinar a calibragem com o veículo carregado?

No artigo "Raio X de pneus", dentre tantas informações, estão as fórmulas para determinação da pressão correta dos pneus. Mas você não precisa calcular qual a pressão deve colocar no seu carro se observar a etiqueta na coluna da porta do motorista, ou a tampa do bocal do combustível ou ainda o manual do proprietário.

Etiqueta de pressão dos pneus no batente da porta do motorista.

Etiqueta de pressão dos pneus na tampa do combustível: observe como a pressão varia nos pneus traseiros.

Em alguns carros de passeio a carga adicional não afeta a pressão dos pneus. Em outros a pressão merece muita atenção, pois pode ser necessário até 12 libras adicionais, como no caso da Chevrolet Meriva, que vazia é calibrada com 34/30psi (diant/tras) e carregada deve receber 36/42psi (diant/tras) de pressão nos pneus.

Se eu não tenho essas informações, o que posso fazer?

É importante lembrar que: para cada tipo de suspensão haverá um comportamento diferente em relação à pressão dos pneus. Os dados de fábrica são muito mais confiáveis que os cálculos genéricos. Utilize sempre os dados do fabricante.
O que apresento a seguir é um cálculo genérico que não considera os estudos dinâmicos de um veículo, portanto os limites do veículo e dos pneus, estipulados pelas respectivas fabricantes devem ser rigorosamente seguidos.
Quando utilizar pressões diferentes das pressões indicadas pelas montadoras, CERTIFIQUE-SE que elas não ultrapassam o valor máximo de carga e pressão indicada pela fabricante dos pneus.

Contanto que você saiba qual a pressão original do veículo, é necessário fazer algumas contas. Através do exemplo abaixo, mostrarei como devem ser feitas as contas para determinar a pressão correta do pneu de acordo com a quantidade de carga.

Um veículo utiliza 30psi de pressão e utiliza pneus com índice de carga 86, que suporta 530kg cada, a 51psi.

Vamos calcular quantos quilos suporta cada um desses pneus, de acordo com a pressão estipulada pela montadora.

Divida a pressão original, pela pressão máxima do pneu.
Multiplique o resultado da multiplicação pela carga máxima suportada pelo pneu.

30/51 = 0,588
0,588*530 = 311,76 (312)

Cada pneu suporta 312kg. Que suporta bem um carro de 1200kg.

Agora, vamos somar a carga que vamos colocar sobre o carro. Por exemplo 350kg (4 passageiros e 50kg de bagagem) e assumir que a maior parte de carga está concentrada no eixo traseiro. Uma distribuição de 30-70% é razoável.

350*0,7 = 245
350*0,3 = 105

Dessa forma temos 245kg extra no eixo traseiro e 105kg extra no eixo dianteiro.

245/2 = 122,5 (peso extra dividido em cada pneu traseiro)
122,5+312 = 434,5 (peso suportado por cada pneu traseiro)

434,5/530 = 0,819 (razão entre peso suportado/peso máx)
0,819* 51 = 41,81 (pressão com carga)

Analogamente para o eixo dianteiro.

105/2 = 52,5
52,5+312 = 364,5

364,5/530 = 0,687
0,687*51 = 35,07

Portanto, levando 350kg extra no carro do exemplo, devemos calibrá-lo com 36psi na dianteira e 42psi na traseira.

Mudei o tamanho dos pneus, que pressão devo utilizar?

Existe uma continha básica para saber qual a pressão você deve utilizar nos pneus novos, com novas medidas. Para fazer essa conta com precisão são necessárias algumas informações do pneu antigo. 

Max Inflation Pressure 350KPA (51PSI) / Max load 530kg (1168 LB). - Índice de carga 86 (530kg)

O cálculo é o seguinte:

Divida a pressão original, pela pressão máxima do pneu.
Multiplique o resultado da multiplicação pela carga máxima suportada pelo pneu.

PPO/PMP = %P

%P*CM = CMp

Dessa forma, você vai obter o peso máximo suportado pelo pneu original na pressão original do carro.

Para determinar qual a nova pressão que você deve utilizar no pneu de nova medida, observe o índice de carga. Se for o mesmo, mantenha a pressão de fábrica. Se for diferente, faça a seguinte conta:

Divida o peso máximo calculado, pelo peso máximo suportado pelo pneu novo.
Multiplique o resultado pela pressão máxima suportada pelo pneu.

CMp/CMn = %C

%C*PMPn = Pressão no pneu novo. (Faça o arredondamento para cima. Se o resultado for 25,23 psi, use 26psi)

OBS: nunca coloque um pneu com índice de carga inferior ao original.

Tem um jeito mais fácil?

Sim mas para isso você precisará de um local com acesso a um calibrador de pneus, giz de lousa e uma pista plana e seca. No entanto essa técnica prioriza o uso do pneu de acordo com a carga.

A técnica é a seguinte: faça uma faixa de aproximadamente 10cm de largura na banda de rodagem, de modo a cobrir os dois "ombos" do pneu. Calibre-o com a pressão original e ande, devagar, com o carro por aproximadamente 100m. Dessa forma, o asfalto vai apagar parte da faixa de giz.

Volte ao calibrador e regule a pressão do pneu, de modo que a marca de giz de toda a região da banda de rodagem, até o ombro do pneu, desapareça.

Resumo da ópera:

Definitivamente o cálculo de pressão nos pneus, deve ser feito com muito critério. Apesar de ser uma boa aproximação, é importante que o motorista tenha consciência de que é mais seguro seguir as orientações do manual do proprietário, respeitando os limites de peso e pressão dos pneus.
Ter em mãos uma forma de calcular o uma nova calibragem para uma carga extra, não significa que poderá ser feito sem critérios, ou extrapolar os valores recomendados pelos fabricantes.

Tendo cuidado com seu carro, ele te acompanhará por muitos anos! Até o próximo Dia de Garagem!

Ferramentas curiosas - parte 1

Às vezes você está desmontando um componente ou um circuito e percebe que o alicate e a chave de fenda não são exatamente adequados para realizar todas as tarefas, ou sonha com algo mais específico para aquela função. Bem, digamos que existem ferramentas bastante curiosas, que ajudam bastante na hora de montar e desmontar um componente.

1. Alicate flexível para remoção de abraçadeiras elásticas. 

Se você já desmontou alguma vez as mangueiras do arrefecimento do carro ou até algumas mangueiras da linha de combustível, já deve ter se deparado com algumas dessas abraçadeiras, que podem ser removidas, com algum esforço, com um alicate meia cana ou um alicate universal. Mas, algumas delas estão em uma posição bastante complicada e às vezes o alicate não entra. Para todas essas abraçadeiras, exite esse alicate.



2. Pinças para estrangular mangueiras.

Depois de soltar as abraçadeiras, é hora de tomar um banho de água com aditivo de radiador. Mas se você tiver essas pinças por perto, não haverá nenhuma molhadeira.


3. Disco para remoção de cola

Tirou aquele friso, a calha ou cachorro comeu o borrachão e sobrou aquela fita grudenta na lataria? Esse disco de remoção de resíduos de cola, desenvolvido pela 3M é uma solução rápida e segura. Conecte o adaptador em uma furadeira e retire com a maior facilidade os resíduos de cola da lataria, sem estragar a pintura.



4. Alicate para remover engate rápido.

O engate é rápido, não poderia ser mais fácil de conectar. Mas se você não tiver a ferramenta certa para remover... lá vem dor de cabeça.



5. Espátulas plásticas.

Não desmonte nenhum forro se não tiver essas espátulas por perto. Utilizar chaves de fenda podem riscar os acabamentos, deixar tudo horrível e ainda quebrar muitas presilhas. Mas, com essas espátulas, você terá ajuda o suficiente para preservar os acabamentos e poupar presilhas.



6. Alicate para esticar e cortar abraçadeiras.

Auto explicativo. Quem nunca arrematou um serviço com essas abraçadeiras de nylon? A grande vantagem é conseguir aplicar uma boa tensão na abraçadeira, deixando tudo muito bem preso e de quebra, corta o excesso de fita, deixando o trabalho muito mais limpo. 


Água do radiador baixando?

Recentemente percebi que a água do radiador da Montana estava abaixando rápido. Em um primeiro momento percebi que a tampa do reservatório estava quebrada (possivelmente tenha sido vítima de um ato de má fé em algum estacionamento que trocou minha tampa original em excelente estado por uma toda quebrada).

Com o motor frio, o nível deveria estar na linha da emenda do reservatório. Observe na conexão uma mancha vermelha. isso é indício de vazamento na junta e a melhor solução é a troca da mangueira por uma nova.

Depois de trocar a tampa quebrada, por uma tampa da marca "Tan Click" adquirida por um bom preço na Autozone, continuei tendo problemas com o nível da água do radiador, que baixa a uma taxa muito pequena, porém maior do que eu gostaria. Alguns profissionais dizem que é normal uma perda de até 200 ml/semana. Isso significa uma perda de em torno de 3%. No entanto, observe que nessa taxa, em um mês vc terá 800ml a menos no reservatório.

Bem, agora é hora de procurar vazamentos, já que a Montana, aparentemente, está com uma perda um pouco maior que essa. Vale lembrar que no teste de pressão da tampa, que mostrarei mais adiante, a tampa nova, que deveria suportar 150kPa de pressão (1,5bar) está ligeiramente abaixo, com 120kPa (1,2bar). Não imagino que seja motivo de tanto alarde, mas essa diferença de pressão pode estar contribuindo para a perda de vapor acentuada.

Algumas pessoas poderão contestar minha seguinte sugestão: compre o aditivo de radiador CORRETO para seu carro. Tome cuidado com aditivos baratos. Às vezes você está levando apenas água com corante. Procure a composição e veja se contem (mono) etilenoglicol. Esse aditivo contribui para o aumento do ponto de ebulição da água. Além do mais, boa parte deles contem anti corrosivos, que protegem o motor.

Para quem usa regularmente o aditivo no motor, encontrar vazamentos no sistema pode ser um pouco mais fácil. Visualmente é possível detectar a formação de uma espécie de goma por onde o líquido vaza. Para quem não usa, será necessário seguir todo o percurso das mangueiras em busca de evidências de vazamento.

Simples assim: se você notar que há um rastro nas conexões da mangueira, ali é um ponto de vazamento.

Outra forma, mais rápida de identificar algum problema, é com um teste de pressão do sistema (isso é bem comum de encontrar em oficinas). Através de uma bomba de ar, manômetro e tampas especiais, faz-se pressão no sistema a fim de determinar vazamentos e o funcionamento é bem simples. Por ser um sistema hermético, ao introduzir uma pressão forçada, o sistema deverá ser capaz de manter a pressão. Caso haja qualquer redução na pressão, podemos afirmar que há algum vazamento e poderá ser identificado.

Com a bomba de pressão conectada no reservatório, é hora de aplicar pressão no sistema. No caso da Montana, são 150kPa (1,5bar) e deixar de 10 a 30 minutos.

Com o sistema pressurizado, comece a procurar vazamentos. Se em 15 minutos o valor da pressão não baixar, fique tranquilo, não há vazamentos  no carro.

Observe nessa conexão que aparece um brilho úmido. Isso significa que através dessa junta existe um pequeno vazamento. Coincidentemente essa mangueira conecta o radiador no reservatório (na primeira foto é possível ver um vazamento na junta dessa mangueira). Em nome do bom cuidado com o carro, troquei essa mangueira.

Detalhe para as tampas especiais para o teste de pressão do radiador. As tampas pretas acompanham o kit de teste, sendo uma delas para testar a pressão da tampa (rosca externa) e a outra para pressurizar o sistema (rosca interna).

É claro que se você não tiver acesso a um desses testes de pressão, você poderá fazer o exame visual das mangueiras. É um pouco mais demorado, mas é possível detectar vazamentos através de manchas e brilho úmido nas mangueiras.

Com essas dicas sobre o sistema de arrefecimento, espero que seja o suficiente para você sanar os problemas com vazamentos. Até o próximo Dia de Garagem!

quarta-feira, 23 de março de 2016

Scanner automotivo: vale a pena ter?

Um bom entusiasta automotivo, já deve ter levado em consideração comprar um desses Scanners automotivos, ainda que os modelos mais básicos, para fazer suas investigações em falhas e parâmetros do carro. A principal dúvida quando o assunto é Scanner automotivo é se ele funciona no seu carro, senão, será muito dinheiro jogado fora.

Infelizmente não tenho como dizer se todas as funções do Scanner funcionarão em um determinado veículo. Para isso eu teria que conseguir emprestado uma infinidade de veículos e passaria horas verificando o funcionamento em cada um deles. Isso está, infelizmente, fora de questão. Vou apresentar os dois modelos mais acessíveis, para o reparador entusiasta testar.

Aqui reside o maior pecado das empresas que importam esses aparelhos: a falta de informação sobre a compatibilidade dos veículos nacionais. Em geral apenas assumem que são compatíveis com os modelos Europeus, Americanos e Asiáticos que atendam o padrão OBD2 e CAN-BUS. Além disso, mais nenhuma informação é passada e assim perdem mercado. O que posso dizer é que em todos os carros com a tomada OBD que eu já testei, eu consegui fazer a leitura das falhas. As informações em tempo real variam de acordo com o carro.

Definitivamente, equipamentos mais avançados como o Bosch, Rasther, Magnetti Marelli, Kaptor, etc., seria um verdadeiro exagero para um entusiasta. São ferramentas voltadas para profissionais da área, capazes de realizar a leitura de todos os sensores mapeados pelo sistema e a partir desses dados o reparador é capaz de identificar o problema.

Bem, vamos aos pequenos ajudantes do mecânico de garagem.

A primeira opção, mais barata e que depende de um aparelho (celular ou tablet) com sistema Android, são os "OBD2 Dongle", que funcionam via Bluetooth ou Wi-fi (depende do modelo). Para fazê-lo funcionar com o Android, basta baixar um Aplicativo. O melhor deles é o "Torque", desenvolvido por Ian Hawkins em duas versões: Lite (gratuito) e Pro (pago).

Adaptadores para dispositivos móveis. Wi-fi (à esquerda), para utilizar com iOS e Bluetooth (Meio e à direita) para utilizar com sistemas Android.

Ainda que seja um aplicativo muito interessante, existem muitas limitações, principalmente por parte dos fabricantes, como protocolos diferentes e outras falhas na comunicação. Um caso muito típico dessa incompatibilidade é o GM Tech2. Em geral esses Scanners convencionais são capazes de dizer se os sensores estão funcionando, mas não conseguem fazer a leitura dos dados. Obtive uma maior compatibilidade com carros utilizando o adaptador branco. Talvez tenha uma construção aperfeiçoada, apesar de conter o mesmo chip ELM327.

Uma segunda opção, são os Scanners "dedicados". Nessa família, entram os Handscan da Autel, Planatc, Foxwell, Vgate, etc.. São um pouco mais confiáveis que os dispositivos bluetooth, mas ainda assim não operam milagres. Às vezes esbarram nas mesmas limitações do adaptador para Android. Se você procura apenas verificar os códigos de falha, o Autel MS309 é uma ótima opção por um valor muito acessível. 

Scanner Super Scan da Planatc. Na essência um VGate VS890, porém com firmware traduzido para Português brasileiro, pela própria Planatc.

Assim como os adaptadores sem fio, faz a busca automática do protocolo de dados da ECU. A vantagem é a velocidade de detecção do protocolo consideravelmente mais rápida que nos adaptadores.

Porém, não é o sistema mais completo quando se busca informações de funcionamento em uma Montana 2009, que ainda é bastante fechada para o sistema Tech2.

Felizmente (ou infelizmente do ponto de vista didático), não havia nenhum código de falha para ser lido na ECU, mas caso houvesse, ele seria apresentado na forma do código PXXXX, e inclui uma biblioteca, em português, para traduzir o código.

Vale a pena lembrar que ter o código não é sinônimo de resolver o problema. É preciso interpretá-lo antes, pois um problema no motor pode afetar a leitura ou o funcionamento correto de um determinado sensor, que não tem nada a ver com o problema real.
Por exemplo, um problema de injeção pode gerar erros de leitura no sensor Lambda e te induzir a trocar o sensor e não resolver o problema.

Adaptador Vgate em seu habitat natural na Montana.

Informações sobre o Status da conexão com o App. Como o app não é compatível com o Tech2 e a Montana não oferece suporte ao barramento CAN, todas as informações legais, como RPM, temperatura do radiador, consumo instantâneo, não estão disponíveis. Então, basicamente se torna um app apenas para ler os códigos de falha, que como sabemos, são inexistentes no carro que usei de exemplo.

Portanto, se você é um mecânico de garagem e está na dúvida se deve ou não comprar um desses scanners amadores, eu diria que eles se tornam uma ferramenta de grande ajuda, apesar de serem bastante caras. Talvez nem todas as funções "legais" como as informações em tempo real, estarão disponíveis, mas pelo menos os códigos de falha serão lidos.

Bom divertimento com o Scanner e até o próximo Dia de Garagem.