quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Teste: Alcance WZT

Salve entusiastas da garagem!

Deixar o pneu brilhando não é exatamente fácil. Mesmo lavando bem o pneu, é comum ficar algumas manchas de sujeira persistentes, ou uma camada marrom sobre a banda de rodagem e apelamos para os famosos "pneu pretinho". O problema é que na maioria das vezes, aquele líquido vendido no supermercado é só uma meleca que atrai todo tipo de sujeira, isso quando o excesso não espalha por toda a lataria e sai completamente na primeira poça de água.


Aqui no blog já mostrei o Sonax Tyre Gel, que deixa os pneus com um brilho excelente, sem melequeira! Tão bom quanto o Sonax, temos o Meguiar's Endurance Tyre Gel, o Meguiar's Hot Shine e o Auto América Tyre Gel. Todos esses apresentam princípios, resultados e durabilidade semelhantes.

Mas a bola da vez é o Alcance WZT.

É apresentado como um protetor de pneu e promove brilho acetinado, baseado na tecnologia dos vitrificadores de pintura. Recentemente a Alcance lançou no mercado embalagens de 200ml, que tornou o produto mais acessível para esse teste.

A aplicação é bastante simples, mas exige alguns cuidados: por possuir alto teor de voláteis orgânicos, você deve fazer a aplicação em ambientes bastante ventilados. Ainda, para melhor resultado da aplicação, faça apenas sobre o pneu totalmente seco e evite molhar o pneu nos primeiros 40 minutos da aplicação.

Utilize a técnica de sua preferência para a limpeza dos pneus. O importante é que o pneu esteja limpo e seco! Na terceira foto, do pneu lavado, é possível perceber o brilho natural do pneu recém lavado e submetido a uma limpeza com desengraxante. Nesta imagem o WZT ainda não foi aplicado!

Com os pneus limpos e secos, utilize uma espuma para aplicação de silicones para espalhar o produto sobre o costado dos pneus.

A aplicação do WZT é bastante simples e o tempo de secagem é de cerca de 5 minutos. A cura se dá em 40 minutos. O brilho acetinado, visível na foto é o brilho deixado pelo WZT.

O pneu fica com um brilho acetinado "menos artificial" do que aquele deixado pelos outros géis para pneus e totalmente seco ao toque.

sábado, 6 de janeiro de 2018

Trocar o óleo do carro em casa

Salve entusiastas da garagem!

Quando o assunto é economizar uma graninha, qualquer esforço a mais que fazemos vale a pena. A troca de óleo é um procedimento obrigatório em qualquer carro, pelo bem da manutenção. Deve ser realizada a cada 5 ou 10 mil quilômetros (depende do carro e da utilização) ou a cada ano, o que ocorrer primeiro. Trocar o óleo em um posto de gasolina ou em uma oficina pode sair um pouco mais caro do que gostaríamos e é exatamente por isso que escrevi este artigo.

Antes de mexer qualquer coisa é preciso verificar qual é o óleo correto para o seu carro e qual o volume de óleo necessário. Neste post fiz o levantamento de alguns modelos com indicação do óleo correto e volume.


Algumas lojas especializadas no ramo de troca de óleo nem sempre têm o melhor preço e às vezes tem taxa de mão de obra pela troca. Quem opta por comprar em supermercados e lojas de auto peças se depara com um pequeno problema: ou o serviço de troca não é oferecido no local ou é feito pelo terrível método de sucção. Fuja desse tipo de troca de óleo, mesmo que seja de graça!

Mas como todo bom apaixonado por carro e seus pequenos serviços de manutenção, você está pensando se é possível fazer a troca do óleo em casa (ou em algum lugar que você possa fazê-lo sem ninguém te perturbar). A resposta é: SIM, definitivamente é possível e a economia é muito boa.

Tudo o que você vai precisar é de algumas ferramentas básicas, recipientes e jornal, para evitar respingos escorregadios na garagem.

Ferramentas necessárias

Macaco para levantamento do veículo
Cavaletes para suspender o carro (nunca entre embaixo do carro sem o uso de cavaletes apropriados)


Chave para remoção do parafuso (bujão) do cárter
Chave para remoção do filtro de óleo

(Particularmente gosto de usar uma parafusadeira elétrica para remover os parafusos do protetor de cárter com mais agilidade, mas não use ela para apertar o bijão do cárter)

Recipiente (grande) para recolhimento do óleo - que caiba pelo menos o triplo do volume de óleo
Papel (jornal ou kraft) para forrar a garagem
Funil para colocar o óleo no motor (e para colocar o óleo usado nas garrafas vazias)
Panos descartáveis ou estopa para a limpeza das mãos e dos recipientes.



Óleo (obviamente)
Filtro de óleo
Retentor do bujão

IMPORTANTÍSSIMO: O descarte do óleo e filtro de óleo possuem regulamentação específica e devem ser feitos em local apropriado e de forma adequada! O lubrificante é um poluente extremamente tóxico para o meio ambiente e você pode levar uma multa por descarte inadequado.

Primeira parte: depois de se certificar de ter comprado o óleo correto e em volume suficiente, vamos ao trabalho!

Levante o veículo até uma altura suficiente para entrar embaixo dele. Certifique-se de trabalhar em uma superfície plana, nivelada e firme.


Remova o protetor de cárter, observando os parafusos que o prendem à carroceria. Em postos de gasolina e oficinas, é comum ignorarem esse passo, devido ao maior espaço para trabalho que o elevador ou a valeta proporciona. No caso de fazer o serviço em casa, será mais fácil fazer o trabalho sem o protetor no meio do caminho.


Com o protetor fora, você terá "acesso completo" ao que interessa: o bujão do dreno do cárter e o filtro de óleo. Nesse caso, o filtro de óleo está convenientemente posicionado no cárter. Em alguns carros o acesso ao filtro pode ser dificultado. Cuidado para não remover o dreno do óleo do câmbio!


Hora de colocar a bandeja para o recolhimento do óleo e preparar para abrir o bujão... Coloque o papel embaixo para segurar qualquer respingo.



 Abra a tampa do óleo, para facilitar o escoamento do óleo pelo dreno.


Abra o bujão com auxílio da ferramenta correta. Destrave o parafuso e termine de removê-lo com a mão - apesar de sujar um pouco a mão com óleo, é mais rápido que tentar fazer isso só com a ferramenta.


Quando o fluxo de óleo estiver acabando e apenas um fio fino de óleo estiver saindo, é hora de remover o filtro de óleo. Com o auxílio da ferramenta de remoção de filtro de óleo, gire-o no sentido anti horário, para destravá-lo.


Lembre-se de deixar uma bandeja embaixo do filtro, pois estará cheio de óleo também e no momento que começar a desprendê-lo o óleo escoará. Ao desprender o filtro, tente mantê-lo com a "boca pra cima" para minimizar a sujeira. Em seguida, coloque-o com a "boca pra baixo" na bandeja para escoar o óleo que esta dentro do filtro.


Quando for instalar o novo filtro, passe óleo na borracha de vedação e na rosca, para facilitar a remoção na próxima vez (Tenho a impressão de que isso é um mito urbano, mas foi assim que aprendi). Quando o filtro "assentar" gire mais 3/4 de volta, no máximo, para travá-lo no lugar (obs: não há necessidade de ferramenta para prender o filtro. O aperto manual conforme descrito é suficiente)

Substitua a vedação do bujão e parafuse-o de volta no dreno. Não precisa apertar o parafuso com muita força, apenas um esforço suficiente para o parafuso travar.  Não force excessivamente o bujão, para evitar que a rosca espane especialmente se o cárter for de alumínio. Se possuir um torquímetro, em carros com cárter de alumínio o torque não pode exceder 5kgfm.

Segunda parte: hora de encher o motor com o óleo novo.
Recoloque o protetor de cárter e abaixe o carro.


Utilize um funil para te ajudar a não fazer muita sujeira. Vire o conteúdo lentamente para não transbordar o funil e para o óleo preencher corretamente todas as galerias do motor. Faça isso até atingir o volume recomendado pela fabricante.

Obs: Em geral não é prejudicial ao motor ultrapassar em até 0,5 litro do valor estipulado pelo fabricante.

Feche a tampa do óleo e dê a partida no carro. Observe no painel a luz indicativa de pressão do óleo. É normal, na primeira partida que a iluminação fique acesa por até 5 segundos, mas é imprescindível que ela se apague em seguida.

Depois de tudo, é hora de limpar os recipientes. Utilize o funil para ajudar a transferir o óleo velho que está na bandeja de recolhimento, para as garrafas vazias de óleo. (Você vai observar que o volume de óleo velho é menor que do óleo novo, o que é absolutamente normal até 1L. Acima disso é sempre bom consultar o mecânico ou procurar algum vazamento). Para descartar o óleo, você pode levá-lo até o posto de gasolina que você habitualmente frequenta. Leve junto o filtro de óleo para ser descartado mas nunca descarte na rede de esgoto (é crime ambiental!)

Até o próximo Dia de Garagem!

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Luzes do painel: dê atenção a elas!

Ao girar a chave vemos todas elas acenderem no painel. Em seguida, apenas o mostrador de velocidade, conta giros, medidor de gasolina e termômetro ficam acesos.

Toda vez que uma luz do painel acender, alguma anormalidade foi detectada. Por isso é extremamente importante saber entender o que está acontecendo antes de decidir seguir em frente. Toda vez que alguma luz vermelha ou amarela estiver acesa no painel, é mau sinal e você deve checar o problema o quanto antes.

Toda vez que uma luz acende no painel, você sabe como proceder?

São muitas informações não? Porém são mais simples quanto parecem.

Luzes vermelhas: indicam intervenção imediata. Elas indicam que se alguma ação não for tomada o mais breve possível, resultará em algum problema grave. Se você estiver conduzindo o veículo, encoste o carro imediatamente e verifique o problema.

Luz do Alternador: indica que o alternador não está carregando a bateria adequadamente.
Luz do AirBag: indica que alguma anomalia no módulo foi detectada. Poderá não funcionar em uma colisão
Luz de Baixa Pressão do Óleo: indica que há problemas com a lubrificação do motor. Pode ser problema na bomba de óleo ou nível muito baixo de lubrificante.
Alerta de Reserva do Tanque: o nível de combustível está baixo.
Luz do freio de estacionamento: O freio de estacionamento está mal liberado ou travado. É comum o acendimento caso o fluido de freio esteja muito baixo.

Luzes amarelas: indicam condições situacionais. Algum sensor detectou funcionamento irregular, ou algum equipamento foi ativado/desativado. Não apresenta perigo iminente, mas requer uma intervenção preventiva.

Luz do motor: alguma anomalia foi detectada pelos sensores do motor. Utilize um Scanner tipo OBD ou leve até um mecânico para averiguar.
Luz do controle de estabilidade: indica que o sistema de controle de tração e estabilidade está em uso. Reduza a pressão no acelerador para reduzir a velocidade do veículo. Há perigo iminente de perda de controle do veículo.
Luz do ABS: indica que o sistema está em uso. Caso o freio não esteja acionado, verifique a condição do sistema de ABS em uma oficina mecânica.

Sempre preste atenção nas luzes do painel, especialmente após alguma manutenção que o carro tenha sido submetido!

Até o próximo Dia de Garagem!