Jimny é um jipe para pessoas decididas, que já sabem onde estão e sabem onde querem chegar.
Vale a pena comprar um Jimny? Esse artigo tem muitos argumentos para responder essa pergunta!
Não é uma opção para quem quer um SUV urbano, afinal não é concorrente dos demais utilitários: não tem porta malas grande, não tem mimos e nem esbanja espaço interno. Conta com caixa de redução de marchas que dá a ele uma enorme vantagem fora de estrada e é disso que ele precisa e é exatamente o que você vai querer em uma situação Off Road.
Se as montadoras se lançam ao ao argumento de que não precisam de redução porque a primeira marcha dos câmbios automáticos de 8, 9 marchas atuam como a "Marcha Reduzida", os trilheiros experientes já sabem: a relação de marcha dos SUVs urbanos não surpreende. Perguntar em fórum off road se um SUV urbano 4x4 aguenta trilha, só se for para passar vergonha.
Feche as revistas automotivas: essa avaliação dispensará os termos "interessante", "apaixonante", "bonito", "belo acabamento"... Simplesmente termos que não avaliam precisamente um carro e te fazem acreditar que algo é bom ou ruim sem um embasamento prático. Não farei nem mesmo as provocações diretas: apenas as comparações justas e práticas, uma avaliação digna para o carro que o Jimny se propõe a ser.
O motor não cospe potência pelo escapamento e o design parou no tempo, mas não é nenhuma aberração. Muito pelo contrário, o desenho é limpo e atemporal. Não tem o apelo visual de um Renegade nem espalhafatoso como um HR-V, mas tem os atributos de um Troller quando fora de estrada e muitos pontos positivos para a cidade. É um carro minimalista, muito funcional, sem desperdícios e talvez o carro mais prático que passou pelas minhas mãos desde que comecei a dirigir. Definitivamente um carro de bom tamanho para São Paulo e seu pavimento ridiculamente acidentado. O Jimny é um carro suficiente para o uso urbano e muito eficiente no uso off road.
Quando digo que é um carro suficiente para a cidade, digo isso pensando na construção robusta, no desempenho tímido do motor porém proporcional ao carro e nas dimensões reduzidas, que te permitem estacionar em muitas vagas apertadas e uma visibilidade ampla. Embreagem leve, ótima para o anda e para da cidade. A posição alta de dirigir e a excelente visibilidade te dá toda segurança que você precisa enquanto dirige.
O Jimny é derivado de um conceito japonês de minimalização da frota conhecido como K-car, que lá são beneficiados com diversas vantagens tributárias. Enquandram-se como K-car os veículos com até 3,4m de comprimento, 1,48m de largura e motor 0,66L com 64 cv. Outros K-car de destaque são: Daihatsu Copen, Suzuki Wagon R e Suzuki Cappucino.
Entretenimento de bordo
O entretenimento está do lado de fora, na estrada de terra, na natureza, seguindo o comboio e prestando atenção na trilha. Na cidade, nada de distrações, telas gigantescas ou botões aos montes, que só tornam a usabilidade do carro mais complicada. Está ali o rádio em uma lacuna "Double Din" que acomodaria junto um radio PX. Conveniente.
Esqueça aquele monte de parafernalha eletrônica para fazer você se sentir a bordo de um ônibus espacial e que na verdade só servem para pifar, te dar dor de cabeça com a garantia e te limitar nas personalizações.
É um jipe e se precisar enfiar ele na água, não há nenhuma central eletrônica mirabolante que possa danificar irreversivelmente. Ele tem um rádio, com um som sofrível, mas pode ser trocado por um outro de melhor qualidade, sem problemas com a ECU do carro ou necessidade de adaptadores para "liberar a tela" se você quiser colocar um dvd no vão Double Din.
É um jipe e se precisar enfiar ele na água, não há nenhuma central eletrônica mirabolante que possa danificar irreversivelmente. Ele tem um rádio, com um som sofrível, mas pode ser trocado por um outro de melhor qualidade, sem problemas com a ECU do carro ou necessidade de adaptadores para "liberar a tela" se você quiser colocar um dvd no vão Double Din.
É pequeno
E isso é ótimo. Não encontra vagas para estacionar? Isso não é problema para o Jimny. Definitivamente não é. Onde estava estacionado um Ford Ka, você terá espaço mais que suficiente para balizar o Jimny sem passar nenhum apuro e se o pneu bater na guia, as rodas estão bem protegidas pelos enormes pneus. E mais: a grande área envidraçada te ajuda a enxergar tudo. Me sinto a bordo do papa móvel.
Além de tudo, com 1,60m de largura, de uma ponta a outra dos retrovisores, até mesmo nas mais apertadas vagas de estacionamento você consegue estacionar. Motorista folgado que invade a sua vaga, não é problema. Vaga apertada no condomínio, que dificulta abrir as portas? Também não é problema.
A visibilidade traseira também é excelente, então não precisa de nenhuma tecnologia extra para te ajudar a estacionar, além do par de olhos que a natureza te deu. Um carro feito para humanos.
É ágil?
Na cidade, sim. Apesar das marchas escalonadas com foco no uso fora de estrada, dentro da cidade, também é funcional. Mesmo com pouco mais de 11kgfm de torque, o câmbio dá ao Jimny muita força em arrancadas na subida: a embreagem agradece. A 90km/h nas marginais, tudo tranquilo, o Jipe está na zona de conforto.
Na estrada, não. Não vai muito além dos 130km/h com pneus MTR 215/75-15, o que só deixa a sua viagem ainda mais emocionante e desafiadora. Cruzar uma Autobahn com média de 215km/h não é tão desafiador quanto cruzar uma estrada quando a sua velocidade máxima é a velocidade máxima da pista.
A visibilidade traseira também é excelente, então não precisa de nenhuma tecnologia extra para te ajudar a estacionar, além do par de olhos que a natureza te deu. Um carro feito para humanos.
É ágil?
Na cidade, sim. Apesar das marchas escalonadas com foco no uso fora de estrada, dentro da cidade, também é funcional. Mesmo com pouco mais de 11kgfm de torque, o câmbio dá ao Jimny muita força em arrancadas na subida: a embreagem agradece. A 90km/h nas marginais, tudo tranquilo, o Jipe está na zona de conforto.
Na estrada, não. Não vai muito além dos 130km/h com pneus MTR 215/75-15, o que só deixa a sua viagem ainda mais emocionante e desafiadora. Cruzar uma Autobahn com média de 215km/h não é tão desafiador quanto cruzar uma estrada quando a sua velocidade máxima é a velocidade máxima da pista.
Dirigir um Jimny na estrada é preciso saber o que está fazendo e entender as limitações dele. Não é um carro para um motorista afoito, desesperado para ver todo mundo pelo retrovisor, como se fosse ganhar um prêmio milionário por isso.
Vá pela faixa da direita, reduza a velocidade e curta a paisagem, essa é a melhor dica quando se está a bordo de um Jimny. Você vai reparar que não é só um monte de mato de um lado e do outro e isso torna o Jimny terapêutico: você sai completamente do jeito rotineiro de dirigir. Quem sabe, no meio do caminho, você encontra uma plaquinha quase apagada apontando para uma estradinha de terra até uma cachoeira maravilhosa ou um mirante de tirar o fôlego. Lugares que você até chega com outros SUV's, mas provavelmente a plaquinha passaria despercebida e todo aquele presente da natureza ficaria para trás. É como encontrar as passagens secretas de um jogo, na sua vida.
Na lama: o Jimny desbrava uma estrada de terra com bastante facilidade. Ele é forte para o seu peso e por ser leve e pequeno, tudo vai a favor dele. A altura relativa ao solo e os ângulos de entrada e saída são dignas de um jipe off road, afinal, chega de só fazer fita.
Leva 4 pessoas?
Leva, mas se você procura o conforto para os 4 esqueça. Para ajudar um pouco, os bancos de trás reclinam, o que diminui ainda mais o espaço do porta malas, mas ajuda muito no conforto da traseira. Portanto, se pretende fazer uma viagem longa com 4 pessoas, providencie um daqueles bagageiros de teto para colocar as malas.
É durável?
Completamente. O Suzuki Jimny é um dos jipes mais respeitados em todos os fóruns 4x4. Algumas pessoas arriscam a fazer graça dele, mas reconhecem que é um jipe que faz o que alguns grandalhões sofrem para fazer. É o carro oficial do Projeto Tamar e tem chamado a atenção no Rally dos Sertões.
Por ser pequeno e leve, exige pouco das peças quase superdimensionadas para ele, pois a Suzuki não economizou tanto quanto "poderia": o tamanho do carro é pequeno, mas as peças são de gente grande.
Construído sobre Chassis com 6 travessas (o chassis de uma caminhonete tem 7), podemos dizer que é um chassis muito robusto, que sofre pouco com torções. Estrutura não é o problema.
Naturalmente a suspensão é toda apoiada no chassis por coxins, então, nada de trincas na carroceria devido a solos acidentados. Os eixos rígidos na frente e atrás, colaboram com ainda mais robustez do projeto e os braços "Trilink" da suspensão são generosos. Em suma: toda a robustez de projeto de um jipe grande em um jipe muito menor.
É econômico?
A média de 9,5 km/l na cidade, não melhora muito na estrada com seus 10,5km/l. O maior culpado por esse consumo elevado para um motor 1.3 é o câmbio escalonado para força, com marchas muito reduzidas e seus enormes pneus. Ainda assim o motor é sub utilizado, afinal, nele existe tecnologia suficiente para aumentar alguns cavalinhos sem grandes alterações. E vamos dizer que a Suzuki sabe fazer motores 1300 cilindradas.
A relação da primeira marcha é 4,425:1. Isso significa que 4,425 revoluções do motor, realiza 1 revolução no eixo da saída do câmbio. Para se ter uma ideia é próxima da relação de marcha de um Troller com 4.473:1 na primeira marcha. Comparativamente um Ônix 1.4 tem 3,730:1 na primeira. Porém a segunda marcha do Jimny fica muito "distante" da primeira, com 2,304:1. Ou seja, é preciso "esticar" bastante o motor na primeira marcha antes de mudar para a segunda em uma subida, ou você perde todo o embalo. Definitivamente isso não ajuda o pequeno jipinho a ser tão econômico quanto os 1.3 da concorrência.
No uso off road, você tem uma marcha bem definida para cada situação, principalmente, off road com a reduzida ativada, cada uma explorando a melhor faixa de torque do motor e quem manda no câmbio é você. Mais: conta com uma caixa de redução 1:2,002, que transforma a relação de marchas de todo o câmbio e a primeira vai para brutais 8,859:1.
No uso off road, você tem uma marcha bem definida para cada situação, principalmente, off road com a reduzida ativada, cada uma explorando a melhor faixa de torque do motor e quem manda no câmbio é você. Mais: conta com uma caixa de redução 1:2,002, que transforma a relação de marchas de todo o câmbio e a primeira vai para brutais 8,859:1.
É bom de curva?
Sim. Em todas as curvas dentro da cidade na velocidade da via, foi muito bem, sem sustos. O grande destaque vem quando se precisa dar meia volta em uma rua ou tirar o carro da vaga do Shopping. Simplesmente dispensa manobras adicionais. Com diâmetro de giro de apenas 9,8m, é capaz de dar meia volta em uma rua de mão dupla, sem precisar engatar a ré para não subir na calçada oposta - não que subir na calçada seja algum problema para ele. É menor que todos os potenciais concorrentes: o Renegade tem 10,8m, HR-V 10,6m e Troller 12,7m. E semelhante aos outros compactos: March 9,0m e Up, 9,8m.
Sim. Em todas as curvas dentro da cidade na velocidade da via, foi muito bem, sem sustos. O grande destaque vem quando se precisa dar meia volta em uma rua ou tirar o carro da vaga do Shopping. Simplesmente dispensa manobras adicionais. Com diâmetro de giro de apenas 9,8m, é capaz de dar meia volta em uma rua de mão dupla, sem precisar engatar a ré para não subir na calçada oposta - não que subir na calçada seja algum problema para ele. É menor que todos os potenciais concorrentes: o Renegade tem 10,8m, HR-V 10,6m e Troller 12,7m. E semelhante aos outros compactos: March 9,0m e Up, 9,8m.
No mais, a tração traseira e motor dianteiro, quando o carro está em 4x2, induz a tendência ao "Oversteer" ou sobre-esterçamento, no entanto, ainda é um carro bastante equilibrado, graças ao entre eixos curto.
Custo Benefício:
Custo Benefício:
Para quem curte passeios na natureza, é um ótimo Jipe para se comprar nessa faixa de preço. O Jimny vai onde os compactos não se atrevem e os maiores que prometem encarar estrada de terra, não fazem com a mesma facilidade.
Para quem vai usar só na cidade, é um carro caro e toda essa versatilidade pode ser encontrada em um VW Up, Nissan March, Toyota Etios, mas o Jipe tem a vantagem de encarar o péssimo pavimento das ruas com tranquilidade e um bocado de sacolejo. No mais, ele é alto e isso facilita entrar e sair do carro. Você também não precisa desembolsar mais de 130 mil em um Troller par curtir uma boa trilha. O Jimny faz tudo igual, pela metade do preço.
Como todo carro japonês, sim, porém como todo bom carro japonês as peças são duráveis. As peças de desgaste, como embreagem, discos, tambores e pastilhas de freios, podem ser encontradas no mercado de reposição paralelo (não precisa sempre recorrer a peças originais) fabricados por boas marcas, portanto, não fogem muito do preço de manutenção dos carros em geral. O grande número de lojas de peças para 4x4 com peças para o Jimny, ajuda bastante a economizar na manutenção e não depender das concessionárias para tudo.