quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Auto-suficiente: Trocando/ajustando as velas.

Finalmente chegou o dia de verificar a condição das velas e assim pude fazer um artigo decente sobre esse procedimento extremamente simples, que contribui fortemente com um funcionamento correto do motor.

Atualmente, alguns veículos vêm equipados com velas de Irídio (ou iridium, como quiser), que possuem intervalos de troca mais longos, entre 30 e 120 mil km. Velas comuns, com eletrodo de níquel, requerem manutenção de 5 a 10 mil km e troca a cada 20 mil. Seja qual for seu caso, nunca deixe de dar uma olhadinha nas velas.

Ferramentas necessárias:
*chave de vela: gosto particularmente da chave tipo soquete, pela durabilidade da ferramenta e a possibilidade de aplicar facilmente o torque necessário).
*Catraca ou Alavanca em T, caso utilize a chave tipo soquete.
*Junta universal: alguns modelos de veículos não têm espaço suficiente para o ferramental e a Junta em ângulo é bem vinda.
*calibrador de espaçamento: para verificar e regular com maior precisão a distância entre as pontas do eletrodo.
*escova dura e limpa TBI: opcionais.

Soquete 16mm, Soquete 20,8mm, Junta universal, Prolongador, Catraca, Alavanca em T e Calibrador

Primeiro passo: localize os cabos de velas.

Você precisa saber o tamanho do hexágono da vela. Nesse caso, o hexágono da vela possui 16mm

O procedimento é bastante simples: por questão de segurança, você pode desligar o polo negativo da bateria, usando uma chave hexagonal de 10mm.

Desconecte os terminais dos cabos de vela com cuidado, puxando pelo corpo do terminal e nunca pelo cabo.

Remova as velas (sentido anti-horário).

Faça uma inspeção visual nas velas. Nesse momento é possível detectar possíveis problemas no motor ou combustível, de acordo com o aspecto das velas.

Velas enegrecidas indicam forte carbonização e podem ocorrer por
mistura rica
filtro de ar obstruído
vela fria

Vela encharcada indica problemas com o sistema de injeção:
pressão excessiva na linha de combustível.
estanqueidade insuficiente dos bicos injetores


Vela bastante limpa, com o eletrodo em bom estado. A sujeira sobre o terminal da vela pode ser removida utilizando um limpa TBI e uma escova com cerdas duras.

Hora de escolher a calibragem correta para essa vela. Verifique no catálogo da fabricante qual o espaçamento ideal. Velas novas geralmente vêm com a calibragem correta.

Em seguida, ajuste abertura correta: cada carro tem uma abertura otimizada e pode ser consultada nas tabelas da NGK. No caso desse carro, a abertura recomendada é de 0,8mm, mas alguns carros utilizam 1.1mm. 

Cheque o espaçamento, colocando a lâmina entre os eletrodos. Talvez seja necessário fechar um pouco o espaçamento. Para isso você pode gentilmente bater com uma ferramenta a extremidade do eletrodo lateral.

Terminada a regulagem, faça uma limpeza nos eletrodos e no castelo da vela, para remover qualquer depósito oleoso ou de oxidação, que prejudicam o centelhamento, deixando a vela na melhor condição de funcionamento possível.

Recoloque a vela com um aperto manual, para que você possa perceber se a vela está entrando torta. Quando a vela assentar, utilize a alavanca ou a catraca para aplicar o torque correto.

A reinstalação é bastante simples. Rosqueie, com aperto manual, a vela no sentido horário, com cuidado para ela não entrar torta e estragar a rosca, até que ela encoste no fim do curso. Para dar o torque final correto, utilize o cabo da ferramenta como referência e gire 1/4 de volta, no caso de recolocação de vela usada, ou 3/4 de volta para uma vela nova. E pronto.

Repita esse procedimento em todas as velas. Para finalizar, recoloque o cabo de velas nos terminais, respeitando a ordem correta deles.

Com esse simples procedimento, você pode melhorar o desempenho do seu veículo. Velas sujas ou fora de calibração produzem centelhas de má qualidade, produzindo queima de combustível ineficiente, gerando perda de potência e danos nas bobinas. Boa sorte com a manutenção e Até o próximo Dia de Garagem!